quarta-feira, 23 de março de 2011

Série de postagens: 3 Obstáculos emocionais à produtividade e como superá-las

Olá!
Você está construindo uma nova fase na sua vida profissional? Esta aventura é uma em que você está embarcando sozinha? Você está iniciando uma pequena empresa ou se colocando no mercado como um profissional liberal ou autônomo? Se esse for o seu caso, saiba que além de elaborar um marketing realmente atrativo e ser consistente na construção de sistemas que apoiem o seu trabalho, você precisará dar conta de obstáculos mais difíceis de detectar. São os obstáculos ligados às suas emoções.

As nossas emoções têm uma influência bem mais próxima e direta às nossas decisões do que o nosso raciocínio lógico. O que muitas vezes acontece na prática é que tomamos decisões baseadas nas nossas emoções e depois passamos esta decisão para frente para o "departamento" de raciocínio lógico, somente para justificar a decisão que já foi tomada. (Isto aprendi com Eben Pagan que tem produtos excelentes para quem se interessa por aspectos internos do processo de construir uma empresa.) Quando se trata de decisões ligados a um empreendimento, uma decisão baseada na emoção não é o ideal pois a nossa emoção se importa pouco com os fatos e números envolvidos. Se não aprendermos como manter as nossas emoções trabalhando em nosso favor podemos enfrentar sérias consequências em termos de tempo e dinheiro desperdiçados. Podemos errar tanto por entrar em ação rápidamente demais ou lentamente demais.

Primeiramente vou abordar a emoção que pode nos manter paralizados ao ponto de desistirmos completamente ou perdermos a hora ideal de entrar no mercado. Esta é a DÚVIDA. Penso que não é "a tóa" que se fala em "dúvida cruel". Quem fala sobre isso é o psicólogo Berry Schwartz no livro "The Paradox of Choice". (Verifique esse vídeo em inglês para ouvir isso dele mesmo barry_schwartz_on_the_paradox_of_choice.

O que costuma acontecer é que temos uma overdose de informações, opções e idéias brilhantes. Fica difícil definir o que fazer com tantas variáveis. Entramos em "paranálize". Aparecem contínuamente mais dados e assuntos interessantes e aparentemente cruciais. Ampliamos cada vez mais nossos conhecimentos e nos tornamos cada vez mais conscientes de tudo que precisamos fazer. Compilamos planos complexos. Encontramos cada vez mais livros, sites e cursos que parecem ser essenciais para poder finalmente definir o que FAZER. Mas não fazemos nada. Começamos nos sentir incapazes de agir diante da visão complexa que nós criamos. Nossa expectativa do que precisa ser feito fica tão exigente que a confiança nos trai e começamos avaliar se realmente temos o que será necessário para levar isso adiante.

Não me entenda mal. Eu acredito que uma boa pesquisa das demandas existentes no mercado e verificar bem os números de um plano de negócios é indispensável. Mas é possível exagerar na dose. Sempre haverá mais dados e informações a serem coletados. E a decisão do que fazer de fato não será presenteado por mais uma sessão de busca no espaço virtual. Quanto mais opções e fatores consideramos, mais difícil a decisão se torna. E mais descontentes ficaremos independente da escolha, se conseguirmos chegar a esse ponto.

Como escapar desta cilada e entrar em ação? 

1. Coloque um prazo final para o processo de pesquisa. Não deixe que a "janela da oportunidade" passe. Isto é, leve em consideração que para a entrada de um produto ou serviço no mercado existe um período em que esta entrada terá maior impacto. Quando as pessoas estão buscando uma solução e estão percebendo poucas oportunidades um serviço ou produto que resolva este problema será muito mais interessante do que mais tarde quando já existem vários concorrentes que estão oferecendo uma solução, alguns dos quais já se estabeleceram na mente das pessoas como representando toda a categoria. Neste ponto a metafórica janela já está fechada, pelo menos até que surja uma inovação que possa ser compreendido mentalmente como uma "outra coisa" e que por isso não esteja sendo comparado com as outras opções. Pense em bebidas isotônicas. Pensou Gatorade? Para entrar com uma outra bebida que seja atraente para quem se interessa por questões de saúde será necessário criar um a outra categoria, como água aromatizada.

2. Faça uma escolha "suficientemente boa". Aceite que não terá todos os dados existentes nem será capaz de prever todos os scenários possíveis. Avalie o resultado que você deseja ter, seja em satisfação pessoal por estar envolvido com aquele tipo de trabalho ou/e em potencial de ganho ou, porque não, em potencial de contribuição. Tendo clareza de que você terá uma boa chance de ter aqueles critérios ao menos parcialmente satisfeitos, tome uma decisão. E não olhe para trás. Os remorsos por outras opções não escolhidas só vão tirar a sua satisfação com a decisão que você tomou.

3. Aceite que FEITO é mais valioso do que PERFEITO. Não se prenda a todos os detalhes. Não diminua a velocidade da sua implementação por causa de aspectos periféricos.  Não espere até acertar tudo.  Concentre-se em fazer acontecer um pouquinho de cada vez. Focalize em algumas poucas estratégias e trabalhe diáriamente nelas. 

Confesso que eu também ainda estou aprendendo e ensaiando cada um destes passos. Mas quando focalizo no próximo passo e vejo cada pedaço pequeno do quebra-cabeça ser acrescentado, eu fortaleço dentro de mim a decisão de continuar agindo. 

No próximo post vou abordar mais um obstáculo emocional que pode nos derrubar. Participe deixando um comentário! 
Abraços, Anna 

 




 

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